Neste artigo, o Dr. Mário Bulla, especialista em retina, vai esclarecer cinco grandes dúvidas sobre as injeções intravítreas de antiangiogênicos, um dos tratamentos mais realizados atualmente na oftalmologia. Prepare-se para desvendar esses mistérios e entender melhor esse procedimento.

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1. A injeção no olho dói?

Essa é uma pergunta muito comum entre os pacientes. A verdade é que a injeção pode causar um certo desconforto, afinal, o olho é uma das regiões mais delicadas do corpo. No entanto, é importante ressaltar que a injeção intravítrea é realizada com anestesia. Portanto, a sensação de dor é minimizada, e muitos pacientes relatam sentir apenas uma picadinha leve.

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2. Como é feita a anestesia para a injeção no olho?

Existem duas maneiras principais de fazer a anestesia para a injeção intravítrea. A mais comum é a anestesia tópica, que envolve a aplicação de colírios anestésicos antes e durante o procedimento. Esses colírios adormecem o olho, tornando a injeção mais confortável. A outra opção é a sedação, na qual o paciente recebe um medicamento intravenoso para dormir durante a injeção. No entanto, essa abordagem é menos comum devido aos riscos e à demora.

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3. A injeção intravítrea é um procedimento arriscado?

Como em qualquer procedimento médico, há um certo grau de risco envolvido, mas a injeção intravítrea é considerada segura. A principal preocupação é a endoftalmite, uma infecção dentro do olho. No entanto, estudos mostram que a taxa de complicações é muito baixa, com menos de uma endoftalmite a cada dez mil injeções, tornando o procedimento considerado seguro.

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4. Para que serve a injeção intravítrea?

A injeção intravítrea é um procedimento poderoso que permite a administração direta de medicamentos na cavidade vítrea e na retina. Isso é especialmente útil no tratamento de condições como edema macular diabético, oclusão venosa, degeneração macular exsudativa e muitas outras. A injeção pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

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5. Como é feita a injeção dentro do olho?

A injeção intravítrea é realizada com uma seringa extremamente precisa, semelhante à usada para injetar insulina. O procedimento envolve a aplicação de uma pequena quantidade de medicamento na pars plana, uma área específica atrás do limbo. A anestesia garante que o paciente não sinta dor, e um dispositivo chamado blefarostato ajuda a manter o olho aberto durante a injeção. Depois do procedimento, é importante que o paciente descanse por algumas horas para uma recuperação tranquila.

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Outras dúvidas comuns: 

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1. Quanto tempo dura o efeito da anestesia após a injeção intravítrea?

   • O efeito da anestesia geralmente dura alguns minutos após a injeção intravítrea. É importante seguir as orientações do seu oftalmologista para evitar desconforto nas horas seguintes.

2. Existem riscos de complicações após o procedimento?

   • Embora a injeção intravítrea seja considerada um procedimento seguro, como em qualquer procedimento médico, existem riscos mínimos de complicações. A complicação mais preocupante é a endoftalmite, uma infecção dentro do olho, mas essa ocorrência é rara. É essencial discutir os riscos e benefícios com seu médico antes de realizar a injeção.

3. Quais são os cuidados pós-injeção intravítrea?

   • Após a injeção intravítrea, é recomendável descansar nas primeiras horas, evitar esforço visual intenso e seguir as instruções do seu oftalmologista. Também é crucial usar qualquer medicamento prescrito conforme as orientações e comparecer às consultas de acompanhamento agendadas.

4. Quais são os medicamentos mais comuns administrados por meio dessa técnica?

   • A injeção intravítrea é frequentemente usada para administrar medicamentos antiangiogênicos, como ranibizumabe, aflibercepte, bevacizumabe e mais recentemente o faricimab, que são eficazes no tratamento de várias condições oftalmológicas, incluindo o edema macular diabético e a degeneração macular exsudativa.

5. A injeção intravítrea é indicada para todas as idades?

   • A indicação da injeção intravítrea depende das condições oftalmológicas do paciente e de sua avaliação médica. Não há uma restrição específica de idade, mas o tratamento é recomendado com base na necessidade clínica e nas condições individuais de cada paciente.

 

Conclusão

A injeção intravítrea é um procedimento seguro e eficaz para o tratamento de várias condições oftalmológicas. Embora possa causar algum desconforto, a anestesia minimiza dores mais intensas. É importante conversar com seu oftalmologista para entender se esse tratamento é adequado para você e tirar todas as suas dúvidas.

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Autor:

Dr. Mário César Bulla - clique para acessar o currículo.

Cremers 28.120

Médico oftalmologista - Especialista em retina.